Enquanto a água esquenta
Uma carta para contar por que decidi escrever sem pressa, de novo.

Oi.
Talvez você já me conheça da Carreiras Múltiplas, onde escrevo sobre trabalho, escolhas profissionais e tudo o que pulsa no meio do caminho entre uma decisão e outra. Aquele espaço segue firme — ainda é meu lugar de troca mais importante com quem busca criar uma vida com mais afeto e direção.
Mas tem uma parte minha que não cabe ali. Um tipo de texto que não segue pauta, não ensina nada, não entrega solução. Um tipo de escrita que brota nos intervalos — entre uma xícara de café e a próxima tarefa.
Foi por isso que criei Na hora do café.
Essa é uma newsletter de crônicas, pensamentos e confissões miúdas.
É escrita no ritmo da água fervendo, da luz da manhã entrando torta na cozinha, da memória que volta enquanto a gente espera o mundo acordar.
Aqui, tudo desacelera.
O celular ainda está de lado, o dia ainda não gritou.
Existe um instante de pausa entre o mundo e a alma.
É aí que eu escrevo.
Escrevo como quem conversa com uma amiga pela janela, como quem registra um pensamento pra não esquecer, ou só pra não surtar.
Esse espaço não promete respostas.
Mas convida a fazer companhia pro que sente.
São textos que cabem num gole e duram o dia inteiro na cabeça.
É um canto pra quem sente demais.
Pra quem precisa de um refúgio sem performance.
Pra quem ainda acredita que a palavra tem cheiro de casa.
Espero que você se sinta em casa também.
A newsletter chega em domingos intercalados, com calma, com colo — e com o que sobrar da vida.
Com carinho e um gole de café,
Pri